Me visitam

junho 27, 2011


Segundos antes do sono, um torpedo. Dizendo que sente falta e, quem sabe um dia, talvez, a gente possa se encontrar pra conversar em algum café. Em pessoa, como antes. Esperava realmente aquilo dando certo, por méritos a gente merecia nova chance.'

junho 26, 2011


"Não choro mais lá e isto é duro. Na verdade, raramente choro agora, por saber que é inútil. Lágrimas são uma liberação e raiva ou de amargura, ou uma expressão de desespero ou de exaustão. (...) Uma vez, chorei para ter o que queria e consegui. Já chorei lágrimas de ciúmes, lágrimas de rejeição. Ah, já chorei toda a escala de lágrimas. E é só agora que me dou conta de como são inadequadas para os grandes momentos da vida."

junho 23, 2011


E devo dizer ainda que gostaria de vê-lo feliz, apesar de tudo o que me fez sofrer nos últimos tempos.

Eu queria realmente que você entendesse que isso é especial, que não foi pra qualquer um dispensada essa atenção toda, que não costumo me dar tanto assim a nenhuma relação, queria que você entendesse que depois de tanto tempo há algo especial que ficou em mim de você, que agora te encontro em cada rosto vazio nas ruas e por mais que tente não lembrar é você que me aparece cada vez que fecho os olhos.
Sei que quando não estamos afim não há Cristo que nos obrigue a criar qualquer fantasia com alguma pessoa, que quando acaba não há como fazer o amor voltar, mas parece sempre que não está definitivamente acabado, parece sempre que há diversos mal entendidos que não são resolvidos por medo ou por orgulho. Eu deixei meu orgulho de lado a muito tempo, e tenho me machucado cada vez mais por isso, não haverá mais tentativas da minha parte eu me rendo, sinto muito, porque há muito amor em mim.
Mas ainda assim não posso sair por ai distribuindo sentimentos que não tem reciprocidade, por mais bonito que seja isso em mim não posso te fazer aceitar algo que já não precisas, queria que entendesse que além de tudo vejo beleza nisso e vejo talvez algo raro, tenho medo de não mais sentir algo parecido.

junho 22, 2011



“Tímido e jovem, um tanto romântico como sempre somos aos vinte anos, Geléac tem se dedicado ao vício da virtude, resolvendo-se sozinho.”

junho 21, 2011


Só to precisando que você me empurre pra esse precipício que criei, só uma mãozinha e lá estou eu saindo do seu caminho e caindo no meu.



A gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega. Eu nunca vi por que evitar a fossa. Se a fossa veio é porque ela tinha que vir, o negócio é viver ela e tentar esgotar ela. A gente, quando tenta analisar qualquer problema, sempre vai aprofundando, aprofundando, até que chega nesse fundo que é amor sempre.

junho 20, 2011


"(...) Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco, esperança ao defunto, saliva ao seco. Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis. E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele."

Me despedir desse amor que inventei, só pra poder sonhar antes de dormir, me despedir dessa ilusão e dessa, figura criada a tanto tempo que já não existe mais nem nos meus delírios mais insanos, me despedir de você com a voz calma e o coração tranquilo, de forma que você possa ir sem que eu sangre.

junho 19, 2011


Não são os males violentos que nos marcam, mas os males surdos, insistentes, toleráveis - aqueles que fazem parte de nossa rotina e nos minam meticulosamente, como o tempo.


Na verdade isso não se trata de ter ou de ser alguma coisa, de querer algo maior, isso trata de tentar a todo custo manter-se unido quando já se está em pedaços. Poderia ser apenas acidental, poderia não partir de uma vontade de ir embora deixando dor, mas uma dor que fosse injustificada, poderia ser só porque doí muito e pedisse um tempo, mas que tivesse outra chance na manha seguinte.
Poderia não fazer sentido como agora não faz, mas mesmo assim valer a pena de alguma forma, porque tem alguma coisa que sempre vale a pena no final, mas na verdade não vai haver nada além de uma dúvida triste cruel no fim da linha, um desabafo desconsertado de que deveria ter se retirado antes que a festa realmente tivesse acabado, serão lembranças e amarguras, talvez um certo cinismo que já aflora nesses tempos, e todo o romantismo e todas as ilusões tenham se perdido de vez e irão acreditar que nunca as tivera.
É preciso que todos estejam cientes de que não se trata em nenhum momento de culpa, essa que nos acompanhas desde o nascimento ate a morte, não é culpa dos meus pais, nem dos tempos da escola, não pensaremos aqui em culpa daquela a que me faz ter medo do que penso ou desejo, porque não há nada em em mim nada reprimido, tenho uma imaginação livre e descomprometida, o que na verdade há é falta de senso de realidade é essa falta de noção que que foi se impregnando em minha personalidade, de personagens bem escritos de roteiros completos e esse esperar por alguma revelação significante no final, mas quando é o final?

junho 17, 2011


"- Sabe o que eu acho? (...) Acho que as mulheres que não amamos mais e que revemos depois de anos, entre elas e nós há um abismo. É como se não fossem deste mundo, pois nosso amor não existe mais.
- Quer dizer que eu morri?

- Não. Penso apenas em todas as coisas que me torturavam e que hoje não me interessam.
- Por exemplo?
- A noite em que a vi no Champs-Elysées com um jovem. (...) Se soubesse como me senti infeliz! Eu me dizia: "Acabou! Nunca mais eu a verei."
- Acho que me lembro.

- Não tente lembrar-se. Não vale mais a pena. Isso que é terrível. É que a tristeza que pode até matar não deixa nenhum vestígio."

junho 16, 2011




“Um grande poeta, um poeta realmente grande, é a menos poética das criaturas. Mas os poetas menores são absolutamente fascinantes. Quanto mais feias são as suas rimas, mais pitorescas parecem. O mero fato de ter publicado um livro com sonetos de segunda categoria torna qualquer homem irresistível. Uns vivem uma poesia que não podem escrever. Outros escrevem a poesia que não se atrevem a realizar”.

junho 14, 2011


"O amor provoca assim verdadeiras convulsões geológicas do pensamento. No do sr. de Charlus que, ainda dias antes, se assemelhava a uma planície tão uniforme que, na maior distância, não se poderia vislumbrar uma só idéia ao nível do solo, se havia bruscamente erguido, duro como pedra, um maciço de montanhas, mas de montanhas que também fossem esculpidas, como se algum estatuário, em vez de transportar o mármore, o tivesse cinzelado no local e onde se contorciam, em grupos gigantescos e titânicos, o Furor, o Ciúme, a Curiosidade, a Inveja, o Ódio, o Sofrimento, o Orgulho, o Medo e o Amor".

junho 13, 2011


mergulha nos sonhos
ou um lema pode ser teu aluimento
(as árvores são as suas raízes
e o vento é o vento)

confia no teu coração
se os mares se incendeiam
(e vive pelo amor
embora as estrelas para trás andem)

honra o passado
mas acolhe o futuro
(e esgota no bailado
deste casamento a tua morte)

não te importes com o mundo
com quem faz a paz e a guerra
(pois deus gosta de raparigas
e do amanhã e da terra)

junho 11, 2011


“-O amor para você foi também alegria? -Até agora tem sido dedicação.”

junho 10, 2011


“Robin é um patife talentoso, e os patifes talentosos sempre tiveram o meu coração – ou outras partes.”



Tudo que me faltava na vida agora era um amor platonico, você me chegou, assim como tudo que tem o papel de substituir algo muito importante, como um impulso vital, passo horas pensando em como seriamos juntos, leio cartas que nunca te mandarei,como esta aqui, desvendo tua vida, decifro teu olhar, interpreto cada uma das tuas palavras, te transformo no meu deus.
Penso ser lugar comum essa paixão, pois todos te querem, quem não quer dar pra você quer te comer, os outros esses só querem ser você, eu? eu penso que se me tomasse tornaria-se pra mim um homem, voltarias a habitar o mundo dos mortais, não me satisfaz a realidade ao teu lado, o que imagino e muito mais diverso e lúdico.
Tua tristeza não passa de jogo, teu ar desmedido e sem comprometimento esconde uma certa pureza casta e ordenada, pensas em redenção pela palavra como eu, nada além do que possa ser dito em voz alta quando agir já não mais é tão importante, falas de amor como se o conhece e o desprezasse, e isso é possível?
Sabemo-nos distantes, e queremos que assim continue mas por que parar agora quando tudo fica mais quente, mas pegajoso, mais difícil de esconder, não me toque, em nenhum momento faça menção a dar um passo a mais, transformaria meu mundo imaginário em real e passaria a ser meu problema, arde em mim esse desejo pueril de desperta desejo em ti, nada além disso, tão platonico, tão distante mas doce e doloroso como só certos prazeres podem ser.

junho 08, 2011


Então leu o poema. Era simplesmente uma beleza. Misturava palavrões com as maiores delicadezas. Oh, Cláudio – tinha eu vontade de gritar –, nós todos somos fracassados, nós todos vamos morrer um dia! Quem? Mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira."



E meu mal não está no outro, nunca está fora de mim, o meu mal está naquilo que não posso ser, naquilo que não quero ver, em tudo que de mim foi tirado e que da ausência vivo.
Meu mal é me perguntar todo dia se vale a pena, nem sempre a resposta é positiva, eu tenho um mal e eu só o mal. Quando olho pra tras percebo que as fantasias que criei me sustentaram pelo caminho, as fantasias me trouxeram até aqui, mas já não são suficiente para carregar tudo que acumulei nesta estrada.
Meu mal é não saber de qual parte do real eu sou, não saber se o que sonho é a vida ou a vida e o meu sonho, meu mal que faz parte do meu bem dança silenciosamente dentro de mim espero um outro nome que não este, me carregará mundo a fora, me ensinará sobreviver e me levará a morte rindo como quem encontra Deus.

junho 07, 2011


há coisas piores do que estar só mas costuma levar décadas até que o percebamos e frequentemente quando o conseguimos é demasiado tarde e nada pior do que ser demasiado tarde.


Tremo só de pensar que isso é possível.

junho 05, 2011


Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.





Já não sei se posso mesmo falar a respeito disso, nem sei se quero, talvez eu precise algum dia, para que não corroa tanto a vida como já tem consumido até aqui. Como é se sentir só na maioria das vezes? Como é brigar sozinho por algo impossível a qualquer um?
Ninguém quer viver meu jogo, ninguém quer participar dessa minha tentativa de dar certo o tempo inteiro, penso que devo mesmo seguir, penso que pode ser que o caminho fique escuro e que a solidão atormente, penso que não fui eu quem escolheu isso e que não posso me culpar por mais uma coisa desse tipo.
Eu não sei ainda por onde começar, nem sei se quero começar mais uma vez, na mesma tentativa sem sucesso, de que todos respeitem e interpretem os roteiros que escrevi pra cada um, temo que ninguém sinta minha falta, e que percebam bem no fundo que o melhor mesmo é que eu tenha ido, mas não posso mais voltar, não desta vez, tenho de aprender a lição de viver por mim, de viver minha vida como me foi implorado ontem. E o que tenho esperado eu, para viver essa vida, quando fico o tempo todo vivendo as dos outros?
Eu ainda não sei bem como é não ter com quem contar, mas eu percebo que nunca tive, que as escolhas que foram feitas na vida da pessoas sempre me excluíram e nunca tive alguma participação importante, percebo agora com toda a magoa que posso ter, que estive só o tempo todo, levando em cima de mim um peso que não merecia, preocupada e carregada, quando deixo cair esse peso e me sinto leve os olhares para mim são de desaprovação, sem utilidade não tenho mais valor.
Que o abandono seja superado de alguma forma, que crie uma compensação saudável, que não demore a curar essa ferida aberta desde os 5 nos de idade, que tudo que passou me transforme exatamente no que sou, porque acima de tudo não me envergonho de nada que possa ter feito em nome do que eu realmente desejava, o pior da minha vida e escolher errado os personagens que farão minha história.
O que na verdade eu sinto é medo do que pode vir, da liberdade que posso ter agora, da falta de responsabilidades, da justificativa para sentir ódio, do que mais tenho medo é de que me acostume, porque no fundo ninguém quer superar, quer mesmo é que a situação se resolva de uma forma rápida e que hajam perdões e distribuição de abraços e muitos vamos voltar e tudo será como antes, nada será como antes, e se chegar a ser vou ter que lembrar que o antes era o terrível inferno habitado por seres unidos na sua individualidade.

junho 04, 2011

Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?

junho 03, 2011

Se vai tentar
siga em frente.

Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.

Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...

A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.

Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.

junho 02, 2011




E essa vergonha de sentir, e essa deficiência racional de controlar emoções, de tentar engana-las como se fossem passiveis disso, lendo Caio e ouvindo Renato, quando vou admitir que estou tomada por sentimentos que não são necessariamente reciproco, quando vou me convencer de que rejeição é a resposta certa e objetiva que possuo?
Na contra mão, no caminho sem sentindo e sem volta de quem ama só, por que lágrimas ? como a morte irrevogável, o fim do amor doí mais, insubstituível doloroso e a cima de tudo cruel o fim do amor unilateral derruba edificações racionais de anos, o fim de um amor que nunca ocorrera realmente, destroi e emudece.
Eles, aqueles que viveram dentro dessa esfera sentimental, os maiores morreram sós, por que dessa ilusão de algo que é tão subjetivo ser eterno? Eles, que inventaram esse nó no peito, esse pulsar frenético, essa umidecimentos nas mãos, se foram apáticos e silenciosos morrer na casa de seus pais. Esses se foram sem responder aquela pergunta que me mata todos os dias, houve um dia quem tenha vivido realmente um grande amor?



Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode praver, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário...por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...sei lá de quê!”


Eu amo muitos filmes, e muitos personagens mas a Judi esta especialmente linda neste filme, nunca vi nada parecido.

"Um dia, tempos, Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. A gente fazia um feixe e carregava. '
- Miguilim, este feixinho está muito pesado para você?' '
- Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais,
então eu acho que nunca que é pesado...'



Estou precisando ir mais devagar, ter mais calma nesse caminho, ele pesa muito e ando tão atordoada que nem sei pra que lado devo ir, nem como carregar esse fardo, preciso que Guimarães Rosa escreva um roteiro pra minha vida, porque estou muito perdida nesse roteiro que vivo.

junho 01, 2011



Em homenagem a Chapa de oposição, que venceu ontem as eleições do CCJ.


— Carta de Stuart Angel Jones à Zuzu Angel

“Mãe, você me pergunta se eu acredito em Deus. Eu te pergunto: que deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus nos homens, pois somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante, que pareça ser, que não tenha uma missão. Todo homem por si só influencia a natureza do futuro. Através de nossas vidas, nós criamos ações que resultarão na multiplicidade de reações, esse poder que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da historia é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade, eu me curvo diante do deus dentro de mim.”



“Depois ela permanece deitada, aninhada contra mim, o cabelo me fazendo cócegas no rosto. Eu a acaricio ligeiramente, gravando seu corpo na memória. Quero me derreter dentro dela, como manteiga numa torrada. Quero absorvê-la e andar por aí pelo resto dos meus dias com ela incrustada em minha pele. Eu quero. Fico deitado imóvel, saboreando a sensação do seu corpo contra o meu. Tenho medo de respirar e quebrar o encanto.”